Educar é dar asas para voar.
Este curso é para quem quer ser reconhecido pelo diferencial em seu trabalho. Quer garantir seu emprego no novo cenário da educação brasileira? Seja um(a) professor(a) inovador(a) conhecendo as metodologias ativas através da Labor Educacional.
Aprendizagem Baseada em Projetos, Ensino Híbrido, Aprendizagem criativa, Maker, Design Thinking e Gamificação são expressões que passaram a fazer parte do mundo educacional e que são denominadas Metodologias Ativas. Os profissionais da educação sensíveis e atentos às demandas contemporâneas precisam desenvolver um olhar mais direcionado para as competências do século 21 e para as habilidades e competências previstas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e, por isso mesmo, buscar novas formas de ensinar e aprender, destacando sempre o protagonismo de seus estudantes.
O que você conhecerá neste curso?
Mapa de empatia: vamos entender como os alunos enxergam a escola
Geração Z
Cenário atual da Educação no Brasil
Educação 4.0
Inovação pedagógica
Escola inovadora
O futuro da carreira do professor
Afinal, o que são metodologias ativas de aprendizagem?
A partir desta aula, você conhecerá as seguintes abordagens e dicas de implementação:
1. Sala de aula invertida no apoio às práticas para uma aprendizagem ativa
2. Aprendizagem baseada em projetos
3. Aprendizagem baseada em problemas
4. Estudo de caso
5. Aprendizagem entre pares ou times
6. Aprendizagem criativa
7. Gamificação (gamification)
8. Aprendizagem baseada em narrativas (storytelling)
Como planejar uma aula usando metodologias ativas?
Avaliações ativas: Orientações de como avaliar o aluno durante as aulas
Metodologias Ativas no Ensino Remoto
Estudo de casos reais.
Aplicação na prática: criação de projetos de aula utilizando as metodologias vistas.
Público-alvo: Professores de todas as disciplinas escolares da Educação Básica (Ensino Fundamental I ao Ensino Médio), estudantes de licenciaturas, diretores de escolas, coordenadores, orientadores e demais profissionais da área da Educação, que atuem em mediações educativas, formais ou não formais, e que desejem aprimorar seus conhecimentos e práticas pedagógicas relacionadas à aprendizagem, inovação e às demandas da educação contemporânea.
Cenário atual da educação
O mundo está em constante mudança. Podemos observar que na Educação não é diferente. Mas quais são esses fatores de transformação? O que está causando mudanças no cenário das escolas?
A partir de agora discutiremos os principais motivos para que você possa compreender melhor como implementar as Metodologias Ativas e melhorar a qualidade das aulas.
A educação na nossa sociedade
O mundo contemporâneo:
Está sendo bombardeado por transformações econômicas, políticas, sociais e culturais, com novas descobertas, seu montante inesgotável de informações.
Exige uma aprendizagem que possibilite: a interação, a possibilidade de perguntar, corrigir, exercitar, manusear ou lidar com a realidade concreta, virtual e não-virtual. É esse é um grande espaço do professor.
Promove mudanças nos locais de trabalho que demandam novas competências para a empregabilidade e para o trabalho. Um novo tipo de trabalhador, mais flexível e polivalente, capaz de pensar e aprender constantemente, que atenda as demandas dinâmicas que se diversificam em quantidade e qualidade.
Constata o surgimento de novas necessidades com a COVID-19 que paralisou o mundo, com o isolamento social em 2019 e 2020, fazendo com que todos se reinventassem. Com a pandemia pudemos vivenciar as transformações de forma intensa. As escolas do mundo inteiro se fecharam e no Brasil esse período de fechamento foi maior.
Constatou que grande parte das escolas e os professores mesmo sem preparo, realizaram ensino remoto, durante a pandemia. Muitos desafios e aprendizagens. Neste processo de mudanças contínuas temos observado a tecnologia ocupando espaços e importância nas relações humanas. Mas sabemos que ainda estamos longe de alcançar 100% de conectividade no Brasil.
Apresentou com muita força problemas de ansiedade e depressão tanto em professores como nos estudantes, gerando a necessidade de se trabalhar com as habilidades socioemocionais.
Apresentou muitos questionamentos sobre a escola, pois deve também desenvolver habilidades e competências para o exercício autônomo, consciente e crítico da cidadania. Para isso ela deve articular o saber para o mundo do trabalho e o saber para o mundo das relações sociais.
No cenário da educação brasileira:
Tivemos a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, que por conta da pandemia, ainda não foi totalmente implementada. A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Segundo a BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
A BNCC traz inovações incentivando a utilização de tecnologias, habilidades socioemocionais e valores integrais para a formação dos estudantes. Os professores têm como desafios planejar aulas para o desenvolvimento de habilidades e competências e não houve preparação para isso.
Tivemos também a aprovação do Novo Ensino Médio com o foco no projeto de vida dos estudantes e nos itinerários formativos, exigindo dos professores estudos e planejamentos.
Neste cenário, são necessárias mudanças no papel do professor. Seu papel de transmissor de informações e de “expositor” precisa ser substituído pelo papel de interlocutor, de fonte de estímulo e de condutor da aprendizagem. Ainda grande parte dos professores trabalham de forma tradicional, muito na cópia e cola, desenvolvendo poucas habilidades, ficando focados no conteúdo pelo conteúdo.
Muitas vezes, o que temos frente a esse cenário são reclamações de todos os lados:
- Professores reclamam que os alunos são desmotivados em relação as aulas. Ficam frustrados por perceberem que seus esforços nem sempre alcançam os objetivos idealizados
- Alunos é reclamando que as aulas são monótonas, que dão trabalho e que é muito desconfortável permanecer durante anos, sentados em uma carteira dentro da sala de aula e, por outro lado,
- E ainda, muitas vezes, a Escola acaba culpando as famílias e vice-versa, pelo insucesso do aluno nas atividades escolares, quando o mais adequado é estabelecer uma parceria com as famílias para um trabalho complementar, jamais um substituindo o papel do outro.
- As famílias culpando a escola, pelo desempenho dos alunos.
É a cultura da culpabilização que precisa acabar, com um diálogo interativo, buscando compreender o papel da Escola, da família e de cada segmento escolar. Importantíssimo para isso, a construção do Projeto Político Pedagógico da Escola (PPP).
Os moldes tradicionais, nos quais o professor fica à frente como detentor do conhecimento, e os alunos enfileirados nas carteiras, recebendo conceitos prontos, de forma passiva, não mais dão conta dos anseios de uma sociedade em constante mutação e evolução, onde é necessário aquisição de habilidades e competências para o século XXI.
Portanto é necessário sair do ensino tradicional para um ensino ativo, engajando os estudantes. Para isso, o professor precisa ter segurança com instrumentos teórico-práticos para inovar em práticas pedagógicas no dia a dia, realizar projetos, planejar atividades com outras metodologias ativas e que contemple a BNCC, nas habilidades cognitivas e competências socioemocionais.
Além disso, precisa compreender como motivar, engajar e buscar estratégias novas para a superação dos problemas atuais do cenário educacional.
Concluindo, pensar na educação básica pós-pandemia (onde tivemos um longo período de escolas fechadas), requer a consciência que temos muitos desafios nos próximos anos para superar, como os déficits de aprendizagens e saúde mental dos nossos estudantes e professores. Esse curso vai oferecer instrumentos teóricos e práticos para contribuir com essa superação.
=> Reflita:
“Estamos tentando educar crianças JETSONS em escolas FLINSTONES.” - Jeffrey Piontek
Essa frase ilustra muito bem como são ministradas as aulas nas escolas convencionais, na atualidade. Nós estamos educando crianças "Jetsons", fazendo referência ao desenho animado futurista de décadas atrás, que tinha uma empregada robô, os personagens conseguiam se “teletransportar”, se deslocavam com suas naves de uma casa para outra. Já os "Flinstones", outro desenho da mesma época, mostrava a civilização no passado, na época em que tinham acabado de inventar a roda. O Fred, personagem principal, acelerava o carro (ainda sem motor) com os pezinhos, caracterizando uma sociedade ainda primitiva e arcaica.
E é essa a imagem que temos da educação. Os nossos alunos estão ligados às novas tecnologias, estão à frente do nosso tempo, enquanto, a maioria das escolas estão há muito tempo perdidas, paradas no passado, longe dessa realidade. Podemos perceber esse choque de gerações e culturas em nosso dia a dia.
A nossa sociedade, a humanidade, o planeta, sofrem mudanças sempre associadas com Revoluções Industriais. Hoje, por exemplo, estamos vivenciando a quarta Revolução Industrial. É a era da automatização, da internet, da Inteligência Artificial e dos smartphones. Em breve discutiremos essa conexão com a internet fazendo com que não tenhamos mais limites, não tem mais nada delimitando os locais, já percebeu?
E a Quarta Revolução Industrial afeta a nós educadores porque ao mesmo tempo acontece a Quarta Revolução Educacional. O nosso papel como professor dentro desse cenário vai mudar; aliás ele já está mudando porque estamos deixando de serem professores “conteudistas” e detentores de todo o conhecimento, para sermos mediadores e facilitadores da aprendizagem. Agora não estamos mais à frente dos alunos, na verdade é uma troca de conhecimento o tempo todo e o professor anda agora lado a lado com o aluno, não mais dando aquela chuva de informações e de conteúdo como estávamos acostumados.
A empatia
EMPATIA é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender sua realidade, sua necessidade, sem julgar suas atitudes e palavras ou circunstâncias. A empatia é fundamental para compreender um problema, pois é o que permite uma solução criada e que seja realmente centrada no ser humano.
Uma atitude empática envolve:
1. Interagir: conversar com os envolvidos em encontros agendados e conversas informais
2. Vivenciar: sentir as experiências vivenciadas pelas partes interessadas no contexto analisado.
O que é Mapa de Empatia e qual seu objetivo?
O Mapa de Empatia é uma ferramenta que pode ajudar você a conhecer melhor o perfil do seu aluno, o nome já diz: Mapa de Empatia. Ou a perceber o quanto você precisa se aprofundar sobre o aluno e a importância de ser empático, de se colocar no lugar dele e experimentar ver a vida através do universo em que ele vive. Principalmente por fazer parte de uma geração diferente da sua, ele apresenta padrões comportamentais distintos e precisamos compreendê-lo em seu universo.
Mão na massa
Está preparado(a) para aprender novas ferramentas que te auxiliarão nas metodologias ativas?
Você já teve medo ou sentiu o friozinho na barriga ao entrar pela primeira vez em uma sala de aula? E se questionou como conquistar a turma? Como fazer com que participem das atividades de forma engajada?
Esse é um momento muito comum entre os professores e, para quebrar esse gelo, iremos te ensinar a fazer um Mapa de Empatia com a intenção de compreender melhor o perfil dos estudantes. A empatia é fundamental em qualquer ciclo de relacionamento, e na escola é ainda mais importante porque se os alunos não sentirem segurança em você, eles tendem a não respeitar os limites e não acompanhem seus ensinamentos.
E por que ela é tão importante agora no ensino atual que ainda mescla o presencial com o remoto?
Estamos vivendo um novo contexto social pós impacto do Coronavírus. Com a suspensão das aulas presenciais tivemos que nos adaptar rapidamente e trazer as aulas para o digital. Hoje, ainda há escolas que mantém o acesso remoto para alunos que apresentam problemas de saúde. De qualquer maneira, é importante entender quais são as reais dores ou dificuldades de acesso e interação dos alunos em suas aulas, sejam elas remotas ou não, usamos o mapa de empatia. Assim conseguimos visualizar, na perspectiva do estudante, e propor soluções de melhoria para sua aula e até mesmo a mudar sua atuação enquanto educador.
Então vamos lá? Vamos te ensinar a fazer e, ao final dessa aula, tem uma atividade para você completar o conhecimento.
Veja o modelo de mapa de empatia que está em "recursos".
Agora mergulhe no universo do seu aluno.
São 7 perguntas básicas:
1- O que ele vê?
Quais programas de TV? Quais redes sociais? Sites da internet? Jornais? Pessoas?
O que acontece diante dos olhos dele?
2- O que ele pensa?
Ele está feliz? Está triste? O que ele pensa da vida? Do futuro? das notícias de jornal?
3- O que ele ouve?
O que as pessoas falam para ele? O que ele ouve no rádio? E no dia a dia em geral?
4- O que ele fala?
O que ele fala para as pessoas? Ele faz o que fala? Sobre quais assuntos ele fala?
5- O que ele faz?
Quais atividades ele faz? O que ele faz no dia a dia? Como é a vida dele?
6- Quais são as dores dele?
De que ele reclama? Quais problemas ele tem? Quais insatisfações e frustrações?
7- Quais as necessidades e desejos?
O que ele quer? Quais são os sonhos dele? O que é sucesso para ele? O que o faz feliz?
Atividade da aula
Responda, no campo “observações”, o resultado que encontrou ao analisar seus estudantes, casa tenha feito o mapa de empatia com eles.
E, a partir dessas respostas, analise o cenário, veja como suas aulas podem ser mais atraentes e criativas.
Afinal, o que é inovação?
De acordo com o dicionário, inovação é a ação ou o ato de inovar, ou seja, modificando antigos costumes, manias, legislações, processos etc; efeito de renovação ou criação de uma novidade.
Você sabia que nem toda inovação é tecnológica? Para nós, inovação não necessariamente está atrelada à tecnologia.
Há uma diferença entre inovação tecnológica e inovação analógica. Se buscarmos o conceito de inovação tecnológica, encontraremos que se trata do processo de invenção, adaptação, mudança e evolução da atual tecnologia, melhorando e facilitando a vida ou o trabalho das pessoas. As inovações tecnológicas estão presentes na vida do ser humano desde os primórdios da humanidade, com a adaptação e melhoramento de ferramentas, armas e utensílios que ajudaram a facilitar a vida do homem, seja na vida doméstica, de trabalho ou para sua proteção.
Por outro lado, a inovação analógica é toda mudança de processo que não envolva a tecnologia em si e que pode ser uma adaptação de processo, mudança de metodologia ou de comportamento, por exemplo.
Na educação, temos diversos exemplos de inovação tecnológica como o quadro branco, caneta, datashow, projetor, ferramentas e aplicativos de realizar a chamada dos alunos. E quando se trata de uma inovação analógica, citamos as metodologias ativas e as diferentes formas de avaliar os alunos, senão por avaliações tradicionais.
Inovação pedagógica
Segundo a UNICEF, em 2018, o Brasil tinha 7 milhões de estudantes atrasados dois ou mais anos escolares. Já o Saeb de 2017 mostrou que menos de 4% dos alunos do 3° ano do Ensino Médio têm o conhecimento esperado em Língua Portuguesa e Matemática. O fracasso é inegável! Não é fazendo mais do mesmo que vamos construir resultados melhores.
Atualmente, vivemos um momento de grande expectativa nas escolas e nos sistemas educacionais com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Mudanças como as propostas pela BNCC não são fáceis de serem implementadas e demandam muita energia de um sistema gigantesco. Porém será uma oportunidade ímpar para um grande salto de qualidade, um novo pacto institucional entre a comunidade escolar e a obtenção de resultados que finalmente superem os fracassos. Nada disso será possível sem uma consistente cultura de inovação em sua maioria.
Grande parte das escolas de hoje ainda ensina na mesma metodologia expositiva de 100 anos atrás. Já observou que o sinal que anuncia a troca de aula é um aviso sonoro de fábrica? Faz sentido separar os alunos por ano de nascimento, exigir se que sentem separadamente, enfileirados e permitir que copiem do quadro, mas proibir que troquem conhecimentos durante a aula? Ou seja, o modelo de ensino-aprendizagem está obsoleto e precisa ser repensado. Como a escola quer preparar os alunos para a 4ª Revolução Industrial, se o modelo de aula ainda permanece como no século XIX? No decorrer da história humana, não há registros de transformações tão intensas e abrangentes em tão pouco tempo como as que temos vivido atualmente. As expectativas por inovações pedagógicas são grandes por toda a comunidade escolar e a necessidade é urgente.
No mundo atual, interligado, não é para menos que os pais dos alunos, ocupados com sua rotina diária, esperem que a comunicação com a escola seja imediata e objetiva como mensagens que recebemos no WhatsApp e que a forma de pagamento das mensalidades e materiais escolares sejam tão simples como o pagamento de uma corrida de Uber. Já os alunos da geração Alpha imaginam que o conteúdo escolar possa ser fornecido como na Netflix, com praticidade de acesso, horário ilimitado e opções de escolha de acordo com seu perfil, e que as aulas sejam interessantes e envolventes tanto quanto um game. Enquanto isso, os professores sonham com a simplificação e automação das tarefas burocráticas da profissão, que o desenvolvimento dos alunos seja acompanhado por um software que gere dados estatísticos, que dê as intervenções pedagógicas personalizadas para cada aluno e que os processos avaliativos possam ser feitos a partir de sistemas inteligentes, mais assertivos, como na aprendizagem adaptativa.
De acordo com uma pesquisa divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de empresas ativas no país teve queda de 6,73% em quatro anos, enquanto as do segmento educacional tiveram crescimento de 37,5%. Isso é reflexo do processo revolucionário que o mercado educacional vem passando. Assim como a movimentação das placas tectônicas afastam ou aproximam os continentes lentamente, mas podem causar grandes eventos naturais e devastadores, como terremotos e erupções vulcânicas, costumamos dizer que, na educação, acontece da mesma forma. A inovação pedagógica ocorre, silenciosamente, mas já podemos observar mudanças significativas em algumas escolas e em projetos magníficos de professores da Educação Básica que adotaram soluções inovadoras de Edtechs.
Por essa nova realidade, a escola precisa entender que o papel dela agora não é apenas ensinar conteúdos e sim ensinar também a desenvolver habilidades e competências que ajudem os alunos a compreenderem o mundo em que vivemos, desmistificar o futuro incerto e desenvolver um indivíduo capaz de tomar suas próprias decisões. Entre essas habilidades estão o pensamento crítico, a criatividade, gamificação, jogos educacionais e ferramentas pedagógicas que incentivem a inovação, a imaginação e o pensamento sistêmico. Dessa forma, o estudante poderá olhar para o todo e fazer as conexões necessárias.
Vídeo extra disponível: Inovações na educação - Debate
Afinal, o que são metodologias ativas de aprendizagem?
O desenvolvimento tecnológico provocou diversas mudanças na maneira como
interagimos com as pessoas e com o mundo em geral, alterando vários aspectos como
relações políticas, econômicas, sociais etc. E como parte essencial para o
funcionamento da sociedade, a educação também apresentou grande evolução,
principalmente com a utilização de metodologias inovadoras e novas ferramentas
tecnológicas dentro das salas de aula.
Desse modo, depois de anos e até mesmo séculos de ensino estagnado, presenciamos
investimentos nas formas de aprendizado que têm gerado vários impactos positivos,
não somente para os discentes, mas também para os docentes.
Por isso, neste capítulo, vamos explicar qual a importância das metodologias ativas e
como elas funcionam, demonstrando também suas consequências que podem ajudar
na transformação pedagógica.
O que são as metodologias ativas?
Metodologias em si são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e
aprendizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas,
específicas, diferenciadas.
O modelo mais conhecido e praticado na maioria das instituições de ensino é aquele
em que o aluno acompanha a matéria lecionada pelo professor conteudista por meio
de aulas expositivas, com aplicação de avaliações e trabalhos. Esse método é
conhecido como passivo, pois nele o docente é o protagonista da educação e o aluno
ouve, olha e cópia do quadro a matéria passada pelo professor, ou seja, o aluno se
torna um replicador e, muitas vezes, não compreende na prática como usar aquele
conhecimento ao longo da vida.
Já na metodologia ativa o papel é invertido, o aluno torna-se o personagem principal e,
desta forma, o maior responsável pelo processo de aprendizado. Sendo assim, o
objetivo desse modelo de ensino é incentivar que a comunidade acadêmica
desenvolva a capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e
participativa através de aulas significativas.
Como os alunos geralmente aprendem?
Por meio de vários estudos feitos na área, chegou-se à conclusão de que, entre os
meios utilizados para adquirir conhecimento, há alguns cujo processo de
assimilação ocorre mais facilmente. Desse modo, temos como referência uma teoria
do psiquiatra americano William Glasser para explicar como as pessoas geralmente
aprendem e qual a eficiência dos métodos nesse processo.
De acordo com essa teoria, os alunos aprendem cerca de:
10% lendo;
20% escrevendo;
50% observando e escutando;
70% discutindo com outras pessoas;
80% praticando;
95% ensinando.
É possível observar, então, que os métodos tradicionais usam os meios menos
eficientes para aprender e assimilar conteúdo. Já as metodologias ativas têm como
base a discussão, argumentação, visão crítica, muita prática e apresentações.
Quais são os benefícios das metodologias ativas?
É possível destacar a existência de vários benefícios tanto para a comunidade
acadêmica quanto para a instituição de ensino com a utilização das metodologias
ativas, mas principalmente para os alunos:
adquirem maior autonomia;
desenvolvem confiança e capacidade crítica;
aprendem a refletir sobre as práticas que realizam e assim fornecem e
recebem feedbacks construtivos;
passam a enxergar o aprendizado como algo tranquilo;
tornam-se aptos a resolver problemas;
tornam-se profissionais mais qualificados e valorizados;
exploram atitudes e valores pessoais;
tornam-se protagonistas do seu aprendizado.
Para a instituição de ensino, os benefícios se mostram principalmente com:
maior satisfação dos alunos com o ambiente da sala de aula;
melhora da percepção dos alunos com a instituição;
aumento do reconhecimento no mercado;
aumento da atração, captação e retenção de alunos.
Pilares das Metodologias Ativas
1) Maker: exploração do mundo de forma criativo-reflexiva, utilizando todos os
recursos possíveis - espaços maker, linguagem computacional, robótica.
2) Designer: desenhar soluções, caminhos itinerários, atividade significativas de
aprendizagem.
3) Empreender: testar ideias rapidamente, corrigir erros, realizar algo
com significado.
Portanto, a aplicação de metodologias ativas de aprendizagem tem um papel
importante para a educação, especialmente no Brasil, onde o setor necessita de
transformações substanciais. E é preciso investir não somente em bons conteúdos,
mas se faz necessário ter consciência de que aprimorar os procedimentos usados para
educar é algo extremamente relevante.